O Low Pressure Fitness (LPF) é uma prática que vai muito além de melhorar a postura e fortalecer o core. Ele também tem efeitos diretos na motilidade intestinal, auxiliando no alívio de problemas como constipação e na melhora geral da digestão. Através de sua técnica de respiração e ativações musculares específicas, o LPF estimula o sistema nervoso autônomo, que regula o funcionamento do trato gastrointestinal.
Para potencializar os benefícios do LPF na saúde intestinal, adotar uma dieta anti-inflamatória é fundamental. Certos alimentos podem promover a saúde da microbiota intestinal, reduzir inflamações e ajudar no trânsito intestinal, criando um ambiente mais favorável para o desempenho do LPF.
Neste artigo, você aprenderá:
- Como o LPF estimula a motilidade intestinal através da respiração e da postura.
- O papel dos alimentos anti-inflamatórios na saúde digestiva e no potencial do LPF.
- Dicas práticas para aliar LPF e uma alimentação saudável que favoreça o equilíbrio intestinal.
Se você busca melhorar sua qualidade de vida, desde a digestão até o bem-estar geral, o LPF, combinado com uma alimentação consciente, pode ser a solução perfeita!
Como o LPF estimula saúde digestiva
O LPF ter um impacto significativo na saúde digestiva. Isso se deve à combinação das técnicas do vácuo abdominal, da respiração nasobucal e dos ajustes posturais que ativam processos fisiológicos essenciais para a saúde digestiva. Vejamos esses aspectos:
- O vácuo abdominal utiliza a combinação de controle respiratório e ativação do transverso abdominal para criar uma pressão negativa na cavidade abdominal. Esse processo tem efeitos diretos sobre o sistema digestivo, promovendo a estimulação dos órgãos internos. Durante o vácuo abdominal, o movimento ascendente do diafragma e a redução da pressão intra-abdominal massageiam os órgãos internos, como o estômago, intestinos e fígado. Essa estimulação mecânica melhora o fluxo sanguíneo para o trato digestivo e auxilia no movimento peristáltico dos intestinos, promovendo a motilidade e reduzindo a compressão sobre órgãos digestivos, a prisão de ventre e a distensão abdominal.
- Já a respiração por via nasobucal (inspiração pelo nariz e expiração pela boca) estimula o nervo vago, parte importante do sistema nervoso parassimpático permitindo o relaxamento geral do corpo, favorecendo a digestão e a regulação das funções intestinais.
- O protocolo de LPF trabalha com posturas específicas e ativações musculares precisas em cada uma delas; quando há necessidade de atingir os órgãos intestinais utilizam-se as posturas Maia, Gaia e Isis, as quais permitem a descarga de peso em direção da gravidade. Quando essas posturas são associadas com o vácuo abdominal, o efeito da prática é notavelmente potencializado diminuindo a pressão abdominal.
Alimentos Anti-Inflamatórios combinados ao LPF
Os alimentos anti-inflamatórios desempenham um papel fundamental na promoção da saúde digestiva, potencializando os benefícios do Low Pressure Fitness (LPF). A combinação de uma alimentação rica em compostos naturais anti-inflamatórios e a prática do LPF pode melhorar a funcionalidade intestinal e contribuir para o bem-estar geral.
Alimentos Anti-Inflamatórios e o Trato Digestivo
Uma dieta balanceada com alimentos anti-inflamatórios contribui para a redução de inchaço e desconforto abdominal, estimula o crescimento de bactérias benéficas na microbiota e melhora a absorção de nutrientes, reduz a inflamação na mucosa intestinal e diminui os sintomas de condições como síndrome do intestino irritável (SII) favorecendo uma digestão eficiente.
Sinergia entre Alimentação e LPF
Enquanto a dieta anti inflamatória normaliza a pressão intra-abdominal, o LPF facilita e melhora a motilidade intestinal combatendo a constipação crônica. Dessa maneira o corpo encontra um equilíbrio ideal que favorece a diminuição do volume abdominal e ajusta as fascias profundas que sustentam os órgãos digestivos.
Dicas de Alimentos para Potencializar o LPF
Os alimentos anti-inflamatórios, como caldos de carne, peixes ricos em ômega-3, fermentados e pró bióticos reduzem a inflamação na mucosa intestinal.
Introduza estes alimentos na sua alimentação diária para potencializar seus resultados na prática:
- Alimentos probióticos: são aqueles que contêm microrganismos vivos, como bactérias benéficas, que ajudam a equilibrar a microbiota intestinal e promovem a saúde digestiva. Aqui estão alguns exemplos:
- Iogurte Natural: Rico em probióticos como Lactobacillus e Bifidobacterium.
- Kefir: Uma bebida fermentada feita de leite ou água, com uma grande variedade de bactérias e leveduras.
- Queijos Fermentados: Alguns tipos, como gouda, cheddar e parmesão, podem conter probióticos, desde que não sejam pasteurizados após a fermentação.
- Vegetais Fermentados: dê preferência ao chucrute que fornece bactérias como Lactobacillus.
- Kimchi: Um prato coreano de vegetais fermentados com especiarias, rico em probióticos.
- Pickles Fermentados: Pepinos ou outros vegetais conservados em salmoura (não em vinagre).
- Bebidas Fermentadas como Kombucha ( chá fermentado com colônias de bactérias e leveduras).
- Missô: Pasta de soja fermentada, usada em sopas e pratos japoneses.
- Outros Alimentos Fermentados
- Tempeh: Soja fermentada, muito usada na culinária asiática e vegetariana.
- Natto: Soja fermentada tradicional japonesa, rica em Bacillus subtilis.
- Caldos funcionais de carnes orgânicas (frango ou carne vermelha)
- Frutas e Legumes Frescos: Ricos em antioxidantes e fibras, como abacate, frutas vermelhas e espinafre.
- Fontes de Gorduras Saudáveis: Abundantes em peixes gordurosos, banha animal natural, azeite de oliva e sementes de chia e linhaça.
- Especiarias: Gengibre, açafrão e canela possuem propriedades anti-inflamatórias naturais.
- Esses alimentos não apenas ajudam a melhorar a digestão, mas também fortalecem o sistema imunológico e podem contribuir para o bem-estar geral. Certifique-se de consumir opções não industrializadas e não pasteurizadas para garantir a presença de probióticos vivos
Alimentos que deve evitar nas suas escolhas:
Certos alimentos podem prejudicar o equilíbrio da microbiota intestinal, aumentando a inflamação ou favorecendo o crescimento de bactérias prejudiciais. Aqui está uma lista de alimentos que devem ser evitados:
Alimentos ultraprocessados
Por quê? Ricos em aditivos artificiais, conservantes, e açúcares refinados, esses alimentos podem alterar negativamente a composição da microbiota intestinal.
Exemplos: Snacks industrializados, macarrão instantâneo, embutidos (salsicha, presunto, salame).
Açúcares refinados e adoçantes artificiais
Por quê? O consumo excessivo de açúcar alimenta bactérias nocivas e fungos, como a Candida albicans, enquanto adoçantes artificiais (como aspartame e sucralose) podem reduzir a diversidade bacteriana saudável.
Exemplos: Balas, refrigerantes, sobremesas industrializadas, chicletes sem açúcar.
Alimentos ricos em gorduras trans
Por quê? Gorduras trans promovem inflamação e podem reduzir o crescimento de bactérias benéficas no intestino.
Exemplos: Margarina, biscoitos recheados, salgadinhos fritos.
Bebidas alcoólicas em excesso
Por quê? O álcool em grandes quantidades pode causar inflamação intestinal e alterar a proporção entre bactérias benéficas e prejudiciais.
Exemplos: Cerveja, destilados, vinhos em consumo exagerado.
Alimentos com glúten (para sensíveis ou intolerantes)
Por quê? Em pessoas com sensibilidade ao glúten ou doença celíaca, o glúten pode causar inflamação e danificar o revestimento intestinal, afetando a microbiota.
Exemplos: Pães brancos, massas tradicionais, bolos feitos com trigo.
Produtos lácteos não fermentados (para intolerantes à lactose)
Por quê? Em pessoas intolerantes, esses alimentos podem causar fermentação excessiva e desconforto, alterando o equilíbrio intestinal.
Exemplos: Leite integral, queijos processados, creme de leite
Frituras de alimentos em óleos vegetais refinados
Por quê? Gorduras de baixa qualidade podem aumentar a inflamação sistêmica e prejudicar a saúde do intestino.
Exemplos: Batatas fritas, frango empanado frito, anéis de cebola.
Refrigerantes
Por quê? Refrigerantes e bebidas energéticas contêm açúcar em excesso e aditivos que podem reduzir a diversidade da microbiota.
Exemplos: Refrigerantes, sucos artificiais, chás prontos adoçados.
Carnes processadas
Por quê? Contêm nitratos e conservantes que podem promover o crescimento de bactérias patogênicas.
Exemplos: Bacon, linguiça, carnes enlatadas.
Farinhas refinadas
Por quê? A ausência de fibras nessas farinhas favorece o crescimento de bactérias prejudiciais, enquanto priva a microbiota de nutrientes essenciais.
Exemplos: Pães brancos, biscoitos simples, bolos industriais.
Ao evitar esses alimentos, é possível proteger a saúde intestinal, favorecendo o crescimento de bactérias benéficas e prevenindo problemas como disbiose e inflamações crônicas. Prefira alimentos integrais, ricos em fibras, antioxidantes e compostos bioativos para manter a microbiota equilibrada.
Dicas práticas para aliar LPF e uma alimentação saudável que favoreça o equilíbrio intestinal
Inicie o Dia com Alimentos Leves e Funcionais
Antes de praticar LPF, opte por alimentos que sejam fáceis de digerir e que não causem desconforto abdominal, como:
Frutas ricas em água e fibras (melancia, mamão, kiwi).
Um copo de água morna com limão para estimular o trato digestivo.
Evite alimentos pesados ou ricos em gorduras antes da prática, pois podem interferir na concentração e provocar desconforto.
Inclua Fibras de Forma Gradual
As fibras são essenciais para a saúde intestinal, mas o aumento brusco no consumo pode causar inchaço. Adicione gradualmente alimentos como:
Aveia, linhaça e chia (previamente hidratadas).
Vegetais como cenoura, abobrinha e espinafre.
A prática do LPF, que favorece o movimento peristáltico, potencializa o efeito das fibras na motilidade intestinal.
Hidrate-se Adequadamente
A hidratação é crucial para o bom funcionamento intestinal e para evitar constipação. Associe o consumo de:
Água pura, durante todo o dia.
Chás funcionais, como camomila, hortelã, gengibre, cúrcuma, alecrim, manjericão, dente-de-leão, calêndula e salsão que têm propriedades calmantes e digestivas e anti inflamatórias. Faça uso por um período de 7 a 20 consecutivos e pause por uma semana.
Evite bebidas gaseificadas e refrigerantes, que podem aumentar a pressão intra-abdominal e atrapalhar a prática do LPF.
Adote os Alimentos Anti-Inflamatórios mencionados neste artigo
Inclua no almoço e na janta opções que combatam inflamações intestinais e ajudem no equilíbrio da microbiota.
Mantenha a Regularidade na Prática e na Dieta
Assim como o LPF exige consistência para resultados visíveis, uma alimentação equilibrada também precisa de regularidade. Planeje suas refeições e pratique o LPF pelo menos 2 vezes por semana.
Ouça o Seu Corpo
Cada organismo responde de forma única. Observe como os alimentos impactam seu corpo antes e depois da prática do LPF e ajuste suas escolhas alimentares conforme necessário.
Exemplo de Rotina para Alinhar LPF e Alimentação:
Café da manhã: Smoothie de mamão, gengibre, aveia e chia, ovos mexidos.
LPF: Prática após 1-2 horas do café da manhã.
Almoço: Caldo de frango, salada de folhas verdes, sementes de girassol torradas, quinoa, salmão grelhado e azeite de oliva.
Lanches: Iogurte natural com frutas vermelhas e nozes.
Jantar leve: Sopa de abóbora com cúrcuma e sementes de girassol.
Ao alinhar uma alimentação saudável com a prática do LPF, você não apenas potencializa a saúde intestinal, mas também promove um equilíbrio geral no corpo, favorecendo a qualidade de vida.
Ao adotar uma dieta anti-inflamatória combinada com o LPF, é possível melhorar não só a digestão, mas também o equilíbrio geral do corpo, promovendo saúde e vitalidade e beleza a longo prazo.